12.8.15

Praça da Biblia



Praça da Biblia inaugurada no dia 5 de Junho de 2010 situa-se muito perto da Rotunda do Brasão, em terreno cedido pelo Municipio.
Na pagina esquerda podemos ler o versículo contido no Livro de Jeremias capitulo 22:29 e na página da direita outra passagem contida no Livro I Timóteo capitulo 1:15

19.11.09

Mapa da Freguesia de Massamá

Aceite o desafio, dou continuação aqui a um trabalho que para mim é muito, mas muito gratificante.

Registar quem foram, os Homens e Mulheres que emprestam o seu nome às Ruas de Massamá, completando assim as Freguesias de Cidade de Queluz.
Depois de mensagens de incentivo que alguns amigos fizeram o favor de me endereçar, quer nas caixas de comentários, quer directamente para o meu email, quando da visita ao meu primeiro blogue sobre as personalidades que deram o nome às Ruas da Freguesia de Monte Abraão, dei continuação ao mesmo tipo de trabalho sobre as Ruas da Freguesia de Queluz.
Foram então surgindo mais umas deixas para que, às duas Freguesias atrás referidas, devia juntar a Freguesia de Massamá, uma vez que é parte integrante da Cidade de Queluz.
Tenho andada a adiar por ter algum receio de não ter o estofo necessário a tal empresa e porque não foi concluida ainda, a Freguesia de Queluz, porém que diabo, sempre hei-de ter quem me dê alguma achega quando o desconhecimento ou ignorância me deixarem atrapalhada.
Estruturado o trabalho vamos então deitar mãos à obra, sem pressas mas com um enorme entusiasmo, esperando merecer a confiança que em mim depositaram.

154 - Av. Américo Ferrer Lopes

153 - Av. Aquilino Ribeiro

Aquilino Gomes Ribeiro, nasceu em Tabosa do Carregal, Sernancelhe, a 13 de Setembro de 1885.
Filho de Mariana do Rosário Gomes e do padre Joaquim Francisco Ribeiro, viria a falecer em Lisboa em 27 de Maio de 1963.
Tendo-se ligado aos partidários da Revolução Republicana, acaba por ser preso. Evade-se e exila-se em França e Alemanha.
Consta que volta a Portugal depois da Proclamação da Republica em 1910, há porém quem defenda ter sido sua a terceira carabina no Terreiro do Paço.
Em 1914 encontra-se de novo em Paris, mas devido à eclosão da 1ª Guerra Mundial regressa a Portugal.
Dá aulas no Liceu Camões em Lisboa, por convite de Raul Proença entra para a Biblioteca Nacional como bibliotecário.
Liga-se ao grupo da "Seara Nova", publicação de difusão dos ideais republicanos. Em 1927, vê-se implicado na revolta frustrada contra a ditadura militar imposta em 28 de Maio de 1926, sendo por esse motivo, obrigado a refugiar-se de novo em Paris. De regresso a Portugal, volta a participar numa acção anti-regime (no chamado movimento do regimento de Pinhel), mas é capturado e levado para a prisão do Fontelo, em Viseu, donde foge e mais uma vez para Paris.
Regressa definitivamente a Portugal em 1932.
Escritor de vulto da Literatura Portuguesa, "Terras do Demo", "Andam Faunos pelos Bosques" e "Quando os Lobos Uivam", são três dos seus romances mais conhecidos, este último publicado em 1958, será apreendido pela censura e motivo para um processo em tribunal. Publicou também novelas, ensaios e biografias.

152 - Av. Azedo Gneco

Eudóxio César Azedo Gneco, nasceu em Samora Correia, Benavente, em 1849. Gravador medalhista e aprendiz de escultor, iniciou a sua actividade política e sindical no Centro Promotor dos Melhoramentos das Classes Laboriosas, que havia sido fundado em 1852. Na sequência da deslocação a Lisboa, em 1871, de três dirigentes socialistas espanhóis, Azedo Gneco participa na fundação da Fraternidade Operária, que chegou a reunir 3.000 sócios. Em 1875, com Nobre França, Caetano da Silva, Agostinho da Silva e António Joaquim de Oliveira e, mais tarde, Antero de Quental, funda o Partido Socialista, aderente à 1.ª Internacional, de orientação federalista e proudhoniana. Em 1890, Azedo Gneco criou a Liga de Democracia Socialista e, juntamente com Nobre França e Ramos Lourenço, atacou os ideais possibilistas, que haviam estado na origem de uma cisão entre os socialistas. Organizou o Congresso Nacional operário em 1893 e o Congresso Anticatólico de 1895. Em 1901, defende a aliança com os republicanos, contrariando a orientação de outros grupos que se reclamavam do socialismo. Mas, a partir de 1907, o Partido Socialista Português afasta-se dessa aliança e vem mesmo a receber o patrocínio de D. Manuel II na sua reclamação de uma melhoria das condições de trabalho. Mas a implantação da República, em 1910, reduz substancialmente a capacidade mobilizadora do PSP.
Durante a década de 1870, Azedo Gneco manteve relações epistolares com Karl Marx e com Friederich Engels. Manteve-se na liderança do partido até 1878. Em 1896 participou como delegado português no Congresso Socialista realizado em Londres. Regressou à estrutura dirigente do socialismo português em 1895, já numa facção dissidente, passando em 1905 a fazer parte da Federação Regional do Sul do Partido Socialista Português, da qual foi dirigente em 1907, 1909 e 1910. Azedo Gneco foi por diversas vezes candidato a deputado, mas nunca conseguiu os votos necessários para ser eleito.Morreu em Lisboa a 29 de Junho de 1911.

151 - Av. Fernando R. Ribeiro Leitão

150 - Av. Heróis da Liberdade

149 - Av. João de Barros

João de Barros, terá nascido por volta de 1496, em Viseu, vindo a falecer a 20 de Outubro de 1570 em Pombal.
Moço do "guarda roupa" do Infante D. João que viria a reinar como 2º do seu nome, é considerado o primeiro historiador português e o pioneiro da gramática da língua portuguesa.
Foi capitão da Fortaleza de S. Jorge da Mina e Teoureiro da Casa da India.
Escreveu entre outras as obras "Crónica do Imperador Clarimundo donde os Reis de Portugal descendem /1522)" , "Panegírico do Rei D. João III" e a "Gramática de Lingua Portuguesa (1552).

148 - Av. José Régio

José Maria dos Reis Pereira ou melhor José Régio, nasceu em Vila do Conde a 17 de Setembro de 1901, vindo a falecer na mesma Vila em 22 de Dezembro de 1969.
Desde adolescente que se iniciou na escrita de poemas cuja maior parte integra o livro "Poemas de Deus e do Diabo". Frequenta a Faculdade de Letras de Coimbra onde se forma em 1925.
Colabora nas revistas "Crisálida", "A Nossa Revista" , "Bizâncio", "Triptico" e ainda na Revista "Presença". Dá aulas no Porto mas em 1929 é nomeado professor do Liceu Mouzinho da Silveira em Portalegre, cidade onde fica até à sua morte.
Da sua vasta obra literária fazem parte Romances; Novelas; Ensaios; Teatro e Poesia, das quais as mais conhecidas são "Toada de Portalegre" e "Cântico Negro"
A casa onde morou agora transformada em Museu, alberga uma das maiores colecções de Cristos da Europa.

147 - Av. 1º de Maio

O Primeiro 1º de Maio, aconteceu em 1886, em Chicago quando milhares de trabalhadores sairam à rua, numa manifestação pacifica, exigindo a redução da jornada de trabalho para
8 horas.
A policia dispersou os manifestantes, não sem antes ter morto várias dezenas de trabalhadores.
A 5 de Maio do mesmo ano, foi organizada nova manifestação, na sequência da qual foram presas 11 pessoas, 3 das quais condenadas a prisão perpetua e 4 foram mesmo executados.
Mesmo assim a luta não parou e em 1888, foi reconhecida a inocência dos trabalhadores detidos.
Reunido o Congresso Operário Internacional, em Paris, foi decretado o dia 1º de Maio, como o dia do trabalhador em homenagem a todos quandos lutaram pela causa, (dia de Luta e de Luto) mas só dois anos depois em 1890, os trabalhadores americanos conquistam o direito à jornada de trabalho de oito horas.
Em Portugal, a jornada de oito horas de trabalho só foi consagrada para os trabalhadores do Comércio e Industria, em 1919.
Em 28 de Maio de 1926, com o início da ditadura, são suprimidas as liberdades fundamentais e o 1º de Maio é proibido. As iniciativas de comemoração são alvo de repressões e perseguições, porém, no 1º de Maio de 1962, dezenas de milhares de trabalhadores saem à rua, em Lisboa, Porto, Setubal e em mais uma dezena de localidades.
Os assalariadas Rurais do Alentejo e Ribatejo, entram também em greve e conseguem impor a jornada de 8 horas de trabalho.
No entanto, só depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, se poderia voltar a comemorar o 1º de Maio, numa impressionante manifestação que trouxe para a rua, só em Lisboa, cerca de 500.000 trabalhadores, ocorrendo o mesmo em todas as capitais de Distrito do País.

146 - Av. 25 de Abril

E naquela manhã de primavera, com um cravo nas bocas das espirgadas eis que chegava a Liberdade.
Na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi implementado em Portugal um regime ditatorial, de cunho fascizante, o Estado Novo, cujo governo era presidido por António de Oliveira Salazar, controlado pelo partido único denominado de União Nacional e que vigorou até 1968, data em que aos 79 anos Salazar, é dado como incapaz por motivo de lesões cerebrais, na sequência de uma queda, tendo sido substituido por Marcelo Caetano, que continuaria a mesma politica repressiva, até à madrugada de 25 de Abril de 1974.
Depois de várias reuniões clandestinas, que dão origem ao Movimento das Forças Armadas, com a aprovação de um documento intitulado ""Os Militares, as Forças Armadas e a Nação", o qual é posto a circular e na ultima destas reuniões a 5 de Março de 1974 é decidido o derrube do governo. Na madrugada de 25 de Abril de 1974, ao som da canção "E depois do Adeus" é dado o primeiro sinal seguindo-se outra canção "Grandola Vila Morena" de José Afonso, esta marca o inicio das operações, Lisboa, Porto e Coimbra são os destinos dos diversos regimentos.
O povo aliou-se aos militares e sem um disparo, a Revolução que trazia a Liberdade, ficou para sempre associada aos cravos, flores oferecidas aos militares e que de pronto os colocaram nas bocas das espingardas.

145 - Largo D. Afonso Henriques

D. Afonso Henriques 1º Rei de Portugal, terá nascido segundo uns em Guimarães segundo outros em Viseu, por alturas de Agosto do ano de 1109.
A última tese é defendida por Almeida Fernandes, assim como José Matoso, em virtude de documentos que demonstram ter D. Teresa alí permanecido durante a maior parte do anos de 1109.
Ainda de tenra idade foi entregue aos cuidados de Egas Moniz um velho e destacado nobre na corte de D. Teresa, onde assumia o cargo de mordomo-mor o mais importante junto do Rei.
É este Egas Moniz, protagonista de um dos mais célebres mitos da História de Portugal: Tendo dado a sua palavra por Afonso Henriques ao imperador de Leão e Castela e ao não ser esta cumprida ter-se-à apresentado, com toda a sua familia e com perante o Imperador, com cordas ao pescoço, para assim lavar com honra a sua palavra mesmo que isso representasse a sua morte.
A educação do futuro Rei de Portugal terá sido como era uso naquela época na destreza das armas. Das suas qualidades guerreiras dão testemunho o relato da "Conquista de Lisboa aos Mouros (1147) Narrada pelo Cruzado Osberno, testemunha presencial" ou ainda como no livro do Dr. José Augusto de Oliveira, "O Cêrco de Lisboa em 1147, narrativa do gloriosos feito conforme os documentos coêvos"
D. Afonso Henriques viveu 76 a maior parte em lutas e guerras conquistando mais e mais terras e formando o Reino de Portugal.
Casou com Dª. Mafalda, filha de Amadeu III conde de Sabóia.
A respeito conta Hermano Saraiva que Afonso Henriques teria nascido com grave doença raquitica pelo que Egas Moniz o terá trocado por um dos seus filhos da mesma idade pois que dificilmente uma criança raquitica teria podido lutar com uma espada que rezam as crónicas só um gigante a conseguiria levantar.
Como seria fisicamente o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques esteve para ser desvendado em 2006, quando antropólogas da Universidade de Coimbra, porém nem o IPPAR nem o Ministério da Cultura deram a respectiva autorização. Apenas se sabe que no tumulo se encontram duas pequenas urnas, colocadas uma sobre a oputra em adiantado estado de degradação.

144 - Largo dos Bombeiros Voluntários

O termo “Bombeiro”, que está intimamente ligado às bombas, um dos equipamentos que as Corporações consideram da maior utilidade, surgiu, pela primeira vez, em Lisboa, no ano de 1734.
No entanto foi D. João I, que nos meados do séc XIV, mais propriamente em 23 de Agosto de 1395, promolugou em carta régia a organização do primeiro Serviço de Incêndios de Lisboa.
Os homens, em especial carpinteiros e calafates, deveriam ocorrer aos incêndios, com machados e as mulheres com cântaros de água, alem deles os pregoeiros deveriam de noite avisar todos de que apagassem os lumes de casa.
O mesmo ocorreu no Porto, tendo a Câmara, em reunião de 14 de Julho de 1513, feito eleger alguns cidadãos que tinham como função verificar se, a uma determinada hora indicada pelo sino da noite, eram apagados todos os lumes que podesse causar incêndio. Também aqui os carpinteiros e outros cidadãos, receberiam machados para acudir aos incêndios na cidade.
O rei D. João IV, conhecendo o que então se fazia em Paris, mandou que se adquirissem equipamentos e outro material diverso, como escadas, bicheiros de ganchos e duzentos galões de couro cru, para transporte de água.
A Câmara do Porto, cede aos Bombeiros, habitações para que, em troca, acudam sempre que se toque a sino a incêndio (ou seja o que nas aldeias era feito até há bem pouco tempo nos sinos das igrejas, o toque a rebate e que hoje é feito pelas sirenes dos bombeiros)
Em 28 de Março de 1678, D. Afonso VI, manda que se construam "estações para arrecadação de aparelhos e ferramentas", ou seja os primeiros quartéis de Bombeiros.
Informação retirada do livro - BOMBEIROS DE GOUVEIA (1904-2004)

143 - Largo Padre Américo

Américo Monteiro de Aguiar, (Padre Américo) como é mais conhecido, nasceu em 23 de Outubro de 1887 na freguesia de Galegos, concelho de Penafiel.
Morre no Hospital Geral de Santo António, do Porto, a 16 de Julho de 1956.
Toma hábito monástico, no Convento de Santo António de Vilariño, com a idade de 36 anos após ter trabalhado como despachante em Moçambique onde trava conhecimento com Rafael Maria da Assunção, futuro Bispo de Cabo Verde.
Em 1932 é encarregado pelo Bispo de Coimbra da "Sopa dos Pobres" organiza as "Colónias de Férias do Garoto da Baixa em Coimbra" que mais tarde viria a ser a Casa do Gaiato, a qual abre "delegações" um pouco por todo o país, até morrer dedicou a sua vida aos mais carenciados, principalmente aos jovens. Escreve também vários livros entre os quais o opúsculo: "Do Fundamento da Obra da Rua e do Teor dos seus Obreiros"
Morre no Hospital Geral de Santo António, no Porto , a 16 de Julho de 1956. Descansa em campa raza, na Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa.

142 - Parque 2 de Abril

141 - Parque dos Eucaliptos

Originário da Austrália o Eucalipto (de que se conhece mais de 700 espécies) é de uma planta exótica recente, tendo sido introduzida em Portugal no séc XX, por motivos económicos pois coincide com o crescimento da indústria papeleira, dado o seu rápido crescimento (chegam a atingir 70/80 metros de altura), são as árvores preferênciais para esta industria.
Não podendo ser considerado como infestante, porque não tem capacidade de se reproduzir sem intervenção humana, causo no entanto problemas a nível do ecossistema uma vez que, contribui para a erosão dos solos, consumindo muita água e competindo com a floresta autóctone, (azinheira, carvalho, pinheiro, freixo e choupo entre outros) prejudicando também a fauna, já que o eucaliptal não lhes fornece as condições ecológicas necessárias ao seu desenvolvimento e sobrevivência.
O Eucalipto tem ainda aplicação a nível da saúde em infusões, no tratamento de bronquites e rebuçados para a tosse.

140 - Parque Salgueiro Maia

Em 1 de Julho de 1944, nasce em Castelo de Vide, Fernando José Salgueiro Maia, filho de Francisco da Luz Maia, ferroviário, e de Francisca Silvéria Salgueiro.
Abril de 1974, encontra-o em Santarém e é a Salgueiro Maia, que no Movimento das Forças Armadas, cabe a responsabilidade de comandar a coluna de blindados que, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço e mais tarde força a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo.

Foi ainda Maia que escoltou Marcello Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.
Pelo meio ficam o discurso que em Santarém, leva 240 homens a voluntariamente formarem à sua frente, na firme determinação de o seguir para Lisboa:
“Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
Pelo meio ficam ainda, as decisões que teria de tomar face aos acontecimentos nas imediações do Terreiro do Paço e, a coragem que demonstrou frente a um batalhão cujo comandante deu ordens de disparar a matar.
(Aqui não podemos nem devemos esquecer em especial aquele soldado, cujo nome até hoje permanece anónimo, que não acatando as ordens dos seus superiores para disparar contra Salgueiro Maia, dá a todos um exemplo de coragem, ao deixar a sua posição, colocando-se ao lado das forças revolucionárias, atitude que leva todos os outros soldados que ainda estão sob o comando fascista, a abandonar as suas posições.)
Salgueiro Maia, morre vitima de doença cancerosa em 4 de Abril de 1992.

139 - Praceta das Açucenas


138 - Praceta Afonso Lopes Vieira

Afonso Lopes Vieira nasceu em Leiria, a 26 de Janeiro de 1878
bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra foi redactor na Câmara dos Deputados de 1900 a 1916.
O livro “Para Quê” editado em 1897, marca a sua estreia na literatura actividade a que se dedicou exclusivamente a partir de 1916 tendo em 1940 publicado o seu último livro “Onde a terra se acaba e o mar começa” pelo meio ficaram ainda mais uma boa dúzia de obras literárias, canções, além de fotografias e de um filme “O Afilhado de Santo António” de 1928.
Demarca-se da ideologia salazarista, o que expressa no texto “Éclogas de Agora” publicado em 1935, uma metáfora entre o Bem e o Mal.
Faleceu em Lisboa em 1946

137 - Praceta Alexandre Herculano

Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, nasce no Pátio do Gil, à Rua de São Bento, em 28 de Março de 1810.
A mãe era filha e neta de pedreiros da casa real e o pai funcionário da Junta dos Juros, pelo que a sua vida, em especial a juventude, foi marcada pelos episódios ocorridos durante as invasões franceses.
Estudou Humanidades em S. Filipe Nery, porém viu-se forçado a interromper os estudos depois da cegueira que atingiu o seu pai.
Por volta de 1831, aos 21 anos, toma parte numa revolta mal sucedida o que fez com que tivesse de refugiar-se em Inglaterra, de onde regressou em 1832.
Em 1839, foi nomeado Bibliotecário do Rei D. Fernando e administrador das Bibliotecas Reais da Ajuda e Necessidades. Foi deputado pela Porto em 1840, pela oposição. Deixou a vida pública em 1841. Poeta e Romancista foi no entanto como introdutor historiografia científica em Portugal, que se notabilizou.
O primeiro livro da "História de Portugal", publicado em 1846, gerou grande polémica. O clero atacou a sua visão dos factos, por não ter admitido como verdade histórica, o célebre Milagre de Ourique, segundo o qual Cristo teria aparecido ao rei Afonso Henriques.
Herculano publica então, “Eu e o Clero” e “Solemnia Verba” onde faz a defesa da verdade científica.
Ligado ao círculo do poder Liberal, recusou fazer parte do Governo da Regeneração. Recusou honrarias e condecorações preferindo retirar-se para a sua quinta de Vale de Lobos, Santarém, o que fez em 1857.
Morre na sequência de uma pneumonia a 13 de Setembro de 1877.

136 - Praceta Aristides de Sousa Mendes

Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, nasceu em Cabanas de Viriato, no dia 19 de Julho de 1885.
Após a licenciatura em Direito pela Universidade de Coimbra, enveredou pela carreira diplomática tendo ocupado cargos em diversas delegações consulares portuguesas pelo mundo fora.
Nos anos de 1939/1940, em plena 2ª Guerra Mundial, encontra-se em Bordéus, como Cônsul de Portugal e contrariamente às ordens recebidas directamente de António de Oliveira Salazar, (Circular nº. 14 de Novembro de 1939), então chefe do governo e ministro dos negócios estrangeiros, com a ajuda dos filhos, sobrinhos e do Rabino Kruger, passa 30 mil vistos de entrada em Portugal, a todos sem distinção de credo ou nacionalidade que, como refugiados queriam sair de França, quando da invasão deste país pelos Nazis, salvando assim dezenas de milhares de pessoas do Holocausto.
Salazar demitiu-o das suas funções porém Aristides continua a passar vistos e lidera uma lidera, um grupo de veículos de refugiados e guia até à fronteira, do lado espanhol, não tem como comunicações e os guardas fronteiriços, acabam por deixar passar todos os refugiados, impressionados pelos argumentos de Sousa Mendes, e assim foi possível continuar a viagem até Portugal.
Regressa a Portugal onde por ordem de Salazar é privado de exercer as funções por um ano e diminuído o salário para metade, depois será passado à reforma, perde ainda o direito de exercer a profissão de advogado e até lhe é retirada a carta de condução, emitida no estrangeiro.
Frequentou, juntamente com os seus familiares, a cantina da assistência judaica internacional, a situação de pobreza viria a agudizar-se depois da venda de bens e morte da sua esposa.
Aristides de Sousa Mendes, morre a 3 de Abril de 1954, no hospital dos franciscanos em Lisboa, tendo sido enterrado com um hábito franciscano por não ter sequer um fato seu.
Casa de Aristides de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato, que urge transformar em Museu.

135 - Praceta Barahona Fernandes


134 - Praceta Bernardo Santareno

Bernardo Santareno, pseudónimo literário de António Martinho do Rosário, nascido em Santarém a 19 de Novembro de 1924.
Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra, trabalhou a bordo de navios de pesca do bacalhau, o que lhe viria a servir de inspiração para obras como "O Lugre", "A Promessa" e o volume de narrativas "Nos Mares do Fim do Mundo".
Contrário ao regime salazarista, viu durante aquele regime, a sua peça "A Promessa" retirada de cena por pressão da Igreja Católica.
Após o 25 de Abril, milita no MDP/CDE, organização politica de oposição democrática.
Influenciado pela obra de Garcia Lorca, escreve a peça "O Judeu" onde retrata a vida de António José da Silva, morto nas fogueiras da Inquisição, e "O Crime da Aldeia Velha" cujo tema foca a morte pelo fogo de uma rapariga supostamente possuída pelo Diabo.
Morre em Carnaxide, Oeiras, no ano de 1980, com 59 anos de idade.

133 - Praceta Calecute

Desembarque dos portugueses em Calecute

131 - Praceta Carolina Beatriz Ângelo

Carolina Beatriz Angelo, nasceu na Guarda em 1877, foi médica, cirurgiã e a primeira mulher a votar nas eleições de 1911.
Numa altura em que só apenas tinha direito de voto os cidadãos portugueses, que tivessem mais de 21 anos, soubessem ler e escrever e fossem chefe de família.
Em 28 de Maio apresentou requerimento na Assembleia de voto no 2º bairro de Lisboa para que o seu nome fosse incluido no caderno eleitoral, o que lhe seria negado por ser mulher.
Recorreu então aos Tribunais e provou a sua qualidade de chefe de família, pois era viúva e tinha uma filha, satisfazia todos os outros quesitos e que a expressão invocada de “cidadãos portugueses” no plural, englobava homens e mulheres.
O Tribunal deu-lhe razão mas no ano seguinte a Lei era alterada para “cidadãos portugueses, chefes de família do sexo masculino”, porém 20 anos depois, em 1931, (lei nº 19:694 de 5 de Maio), foi concedido o direito de voto se bem que a titulo precário, a quem tivesse o ensino Universitário ou Secundário.
Faleceu a 3 de Outubro de 1911, em Lisboa, aos 33 anos de idade, com a convicção de ter vivido muito em pouco tempo como afirmaria Ana de Castro Osório, sua amiga.
Nas eleições legislativas de 1934, foram eleitas deputadas Domitília Hormizinda Miranda de Carvalho, Maria dos Santos Guardiola e Maria Cândida Pereira e em 1968 o voto seria extensivo às mulheres com excepão do voto nas eleições autárquicas.
Depois da revolução de Abril todos estes limites foram retirados e todos Homens e Mulheres puderam votar nas eleições que tiveram lugar em 25 de Abril de 1975.

132 - Praceta Camilo Castelo Branco

A 16 de Março de 1825, nascia em Lisboa, na Rua da Rosa, ao Bairro Alto, Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, o qual ficou órfão de mãe logo no primeiro ano de vida viria a ficar órfão de pai, aos 10 anos de idade.
Vai viver para Trás-os-Montes, para casa de uma tia e depois para casa de uma irmã. Casou aos 16 anos de idade, com Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira, porém aos 20 anos já era viúvo. Camilo irá viver amores tumultuosos e várias paixões durante a sua vida boémia.
Apaixona-se por Ana Placito, esta porém casa-se com um brazileiro. Camilo rapta Ana e os dois acabam presos numa cadeia da relação do Porto. Julgados, foram absolvidos do crime de adultério e vão viver juntos em S. Miguel de Seide, sem no entanto deixar a vida de boémia e jogo. Contam-se no entanto a seu respeito histórias de grande humanidade. Trabalha a uma velocidade incalculavel publicando as suas novelas nos jornais da época para sustentar a familia. Além do autentico romance que foi a sua vida, deixou-nos uma vasta obra, (durante quase 40 anos, escreveu mais de duzentas e sessenta obras) composta de novelas e romances dos quais o mais conhecido é "O Amor de Perdição". Pessoalmente e perdoem-me a intromissão prefiro a novela "A Bruxa do Monte Córdova"
Causada pelo mal que aflige o final do século, a sifilis, Camilo fica cego e ao saber que a cegueira é incurável, pelas 15h15 de 1 de Junho de 1890, aperta o gatilho do revólver contra a têmpora direita, vindo a falecer às 17h00 desse mesmo dia.

130 - Pcta Prof. Dr.Carlos B. Morais

129 - Praceta Cesário Verde

José Joaquim Cesário Verde, nasce em Lisboa a 25 de Fevereiro de 1855, filho de José Anastácio Verde e de Maria da Piedade dos Santos Verde, começa por trabalhar com o pai aos 10 anos de idade e aos 18 publica os primeiros versos.
No ano de 1873, matricula-se no Curso Superior de Letras, curso que nunca acabará, dividindo-se entre a publicação das suas poesias nos jornais e a sua actividade comercial.
Em 1877, começa a dar os mesmos sinais da doença que levaram à morte o irmão e a irmã, a Tuberculose ou Tisica como na altura se dizia.
Tenta curar-se, porém sem sucesso vindo a falecer, no dia 19 de Julho de 1886.
No ano seguinte o amigo de longa data Silva Pinto, reune e organiza uma compilação da poesia dispersa de Cesário Verde, que fica disponível ao público em 1901, sob o título "O Livro de Cesário Verde".

128 - Praceta dos Cravos

Há cravos de várias cores, branco, amarelo, rosa ou vermelho, e tem muitos significados diferentes. Cravos brancos indicam amor puro e boa sorte.
Cravos vermelhos, são usados para representar admiração.
Vermelho escuro é utilizado para transmitir os sentimentos mais profundos de amor e carinho.
Um cravo amarelo significa decepção e rejeição.
Cravos cor- de-rosa diz a lenda que apareceram pela primeira vez na Terra devido às lágrimas de Maria, quando ela chorou enquanto Jesus carregava a sua cruz - tornando-o símbolo do amor eterno de uma mãe. Cravos cor-de-rosa, são em vários países, dados como um sinal de agradecimento e gratidão.
Em Portugal o cravo vermelho desde 1974, que é o símbolo da Liberdade

127 - Praceta dos Crisântemos

Chrysanthemum ou crisântemos, de dezasseis pétalas, pertence à família das Asteraceae, que engloba cerca de 50.000 espécies, como símbolo do sol, está associado á longevidade o que explica que seja o emblema da casa imperial japonesa. No oriente á cultivada há mais de 2.500 anos para o ocidente foi trazida por volta do sec. XVII.
Ao contrário do que acontece no oriente, na Europa, o Crisântemo está associado à morte, sendo as flores preferidas nos velórios e para representar os pêsames.
No México, são tidas como flores do amor e no Brasil tanto representam vida e a morte, o sol e a chuva

126 - Praceta Cristovão Falcão

Cristovão de Sousa Falcão, nasceu por volta de 1518 em Portalegre e terá falecido entre 1555 e 1557.
O que se sabe da vida do poeta é muito pouco, descendente de ingleses que acompanharam, D. Filipa de Lencastre, na vinda para Portugal.
Educado no Paço Real, estudou Belas Artes, mais tarde ter-se-á decidido pela carreira diplomática.
Pelo meio fica o episódio do seu casamento com a jovem Maria Brandão, sem consentimento dos pais de ambos, é assim que Maria Brandão é enclusurada no mosteiro do Lorvão e Cristóvão é prisioneiro, em casa, por ordens do seu proprio pai durante cinco anos. Logo que se vê em liberdade vai procura-la ao Lorvão porém ela é já casada com Luís de Silva, capitão de Tânger.
Desses amores nasceu um poema intitulado Crisfal com 1015 versos que conta a história de dois jovens pastores:
Maria e Crisfal cujas duas primeiras estrofes rezam assim:
I
Entre a Sintra mui prezada,
e serra de Ribatejo
que Arrábida é chamada,
perto donde o rio Tejo
se mete na agua salgada
houve um pastor e pastora,
que com tanto amor
se amaram
como males lhe causaram
este bem que nunca foram
pois foi o que não cuidaram.
II
A ela chamavam Maria
e ao pastor Crisfal,
ao qual, de dia em dia,
o bem se tornou em mal,
que ele tam mal merecia.
Sendo de pouca idade,
não se ver tanto sentiam
que o dia que não se viam,
se via na saudade
o que ambos se queriam
............................................

125 - Praceta de Diu

124 - Praceta Fernando Namora

Fernando Gonçalves Namora, nasceu em Condeixa-a-Nova, no dia 15 de Abril de 1919, Licenciou-se em Medicina que exerceu na Beira Baixa e no Alentejo, experiência que o inspirou para escrever “Retalhos da Vida de um Médico”edição 1948.
Da sua obra composta por, ensaio poesia e romance, iniciada em 1938 com “As Sete Partidas”, constam ainda várias telas, uma vez que também foi pintor.
Fernando Namora viu-se a braços com uma acusação de plagio em passagens do romance “Aparição” por Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco, (Luiz Pacheco).
O romance “Retalhos da vida de um Médico” foi adaptado ao cinema e produzida uma série para televisão.

123 - Praceta Fernão Lopes

Fernão Lopes - desconhece-se onde terá nascido e crê-se que terá sido por volta de 1378
Foi tabelião do reino e escrivão de D. Duarte, ainda infante. Do rei D. João I, e do infante D. Fernando, em cuja casa ocupou o importante posto de «escrivão da puridade», que correspondia ao cargo de maior confiança pessoal concedido pela alta nobreza.
A partir de 1418 desempenha funções de Guarda-mor da Torre do Tombo.
Fernão Lopes viveu uma das épocas mais perturbadas da história de Portugal, período de anarquia e instabilidade, com a morte do rei D. Fernando e a guerra civil que antecedeu a subida ao trono de D. João I.
Com “historiador” não sei se é de se aplicar esta palavra aos cronistas de época, já em 1419 realizou por encargo de D. Duarte a compilação e redacção de uma crónica geral do reino de Portugal.
Em 1434, é oficialmente encarregado pelo rei D. Duarte de relatar as histórias dos reis anteriores e os feitos do rei D. João I, que foi a última das obras a qual ficou incompleta e foi continuada por Zurara (a Crônica estava dividida em 3 partes das quais Fernão Lopes só pode escrever as duas primeiras).
Pela sua importância ficou retratado no celebre tríptico de S. Vicente.
Tem-se como data da sua morte o ano 1459

122 - Praceta Filipa de Vilhena

Desconhece-se o ano do nascimento de Dª. Filipa de Vilhena, mas a certeza é que foi em pleno reinado dos Filipes. Filha de D. Jerónimo Coutinho, Conselheiro do Estado e Presidente do Desembargo do Paço, viveu de perto a situação de Portugal sob o domínio de Espanha. Casou com D. Luis de Ataíde, 5º conde de Atouguia, de quem teve 5 filhos.
Na noite do 1º de Dezembro de 1640, sabendo da movimentação que se desenrolava para a libertação de Portugal do jugo espanhol, Dª. Luisa terá armado os seus filhos mais velhos (que já eram homens feitos e não crianças como Garrett escreveu na sua peça de Teatro), D. Jerónimo de Ataíde e Francisco Coutinho, incitando-os a lutar pela Independência de Portugal.
Depois de aclamado e consolidado o reinado de D. João IV, duque de Bragança, D. Filipa de Vilhena foi chamada ao paço pela nova rainha de Portugal D. Luísa de Gusmão, e recebeu o titulo de Marquesa de Atouguia e o cargo de camareira-mor e de aia do príncipe D. Afonso, mais tarde el-rei D. Afonso VI.
Faleceu em Lisboa, a 1 de Abril de 1651.

121 - Praceta Florbela Espanca

Florbela Espanca, nasceu em Vila Viçosa, na noite de sete para oito de Dezembro de 1894, filha de Antónia da Conceição Lobo e de João Maria Espanca, baptizada como filha de pai incógnito é-lhe posto o nome de Flor Bela de Alma da Conceição, só mais tarde receberá o apelido do pai, que afinal foi um pai presente, só 19 anos após a sua morte e quando da inauguração do busto da poetiza em Évora a perfilhou.
Casa ainda cedo, mas o casamento é de pequena duração pelo que, após o divórcio segue para Lisboa onde frequenta a Universidade de Direito. Casa pela segunda vez e pela segunda vez o casamento se desfaz. Voltará a casar pela terceira vez pouco tempo antes de morrer.
Escritora de contos, faz também alguns trabalhos de tradução, que assina umas vezes como Florbela Espanca Lage, outras como Florbela Moutinho, apelido do primeiro marido.
É no entanto na sua faceta de poetiza, que mais sobressai e que ficará conhecida. “Charneca em Flor” e “Reliquia”, são os títulos de duas colectâneas de contos, que após a sua morte são publicados, assim como, “Dominó Negro” e “Máscara do Destino” e uma outra de poesia, “Juvenilia”
Escreveu ainda, Livro de Mágoas e o Livro de Soror Saudade.
Florbela põe fim à vida em Matosinhos, aos 36 anos de idade, exactamente no mesmo dia em que nasceu, 8 de Dezembro de 1930.

Languidez
Fecho as pálpebras roxas, quase pretas,
Que poisam sobre duas violetas,
Asas leves cansadas de voar...
E a minha boca tem uns beijos mudos...
E as minhas mãos, uns pálidos veludos,
Traçam gestos de sonho pelo ar...
Florbela Espanca

120 - Praceta Francisco Martins

119 - Praceta Francisco T. Carrasqueiro

118 - Praceta Gervásio Lobato

Gervásio Jorge Gonçalves Lobato, nasceu em Lisboa a 23 de Maio de 1850
Segundo oficial da Secretaría do Reino, escritor, jornalista e professor de declamação na escola dramática do Conservatório de Lisboa.
Amigo de Teixeira de Vasconcelos, de Pinheiro Chagas e de Salvador Marques e Sousa Bastos, com eles fundou várias publicações entre elas o "Jornal da Noite", "A Discussão" e mais tarde o "Diário da Manhã".
Proficuo autor de romances e novelas, que ainda se lêem com agrado como "A Comédia de Lisboa" - 1878, "A Primeira Confessada" - 1881, "Os Invisíveis de Lisboa" -1886/1887, "Os Mistérios do Porto" - 1890/1891, "A Comédia do Teatro", além de escritor Gervásio Lobato,foi também dramaturgo tendo escrito várias peças de teatro e operetas.
A mais célebre das suas novelas foi sem dúvida "Lisboa em Camisa" -1890, que conta a hitória de uma família burguesa de Lisboa, esta novela foi passada ao cinema em 1960 por Herlander Peyroteo.
Faleceu em Lisboa a 26 de Maio de 1895.

18.11.09

117 - Praceta Gomes Eanes Azurara

Gomes Eanes de Zurara terá nascido por volta do ano de 1410, Cronista do reino, foi Guarda-mor da Torre do Tombo em 1454, depois de Fernão Lopes.
Não se conhece muito relativamente a Zurara, sabe-se que escreveu diversas crónicas entre as quais, a do Descobrimento da Guiné a mando de el Rei D. Affonso V, sob a direcção cientifica, e segundo as instruções do ilustre Infante D. Henrique e ainda:
"Chrónica del Rei D. Joam I de boa memória em 1450, em que se contam a Tomada de Ceuta" "Chrónica do Descobrimento e Conquista da Guiné" em 1453 e "Chrónica do Conde D. Pedro de Menezes" 1468
Gomes de Zurara faleceu no ano da graça de 1474

116 - Praceta Gustavo Matos Sequeira















                                                                                               
Casa onde sempre viveu em Lisboa 

115 - Praceta Henrique Medina

Henrique Medina 18 de Agosto de 1901, filho de mãe portuguesa e de pai espanhol.
Em 1911 tinha 10 anos quando o apresentaram ao Professor de Belas Artes José de Brito, aulas que frequentou até que em 1919 vai para Paris, onde permaneceu por sete anos, passando depois para Londres onde viveu por dez anos.
Roma, Brasil e Buenos Aires, EUA, Suécia, Dinamarca e Espanha, foram outros tantos destinos na vida de Henrique Medina,
Residiu também em Hollywood durante sete anos. Refira-se como curiosidade que foi Henrique Medina que pintou o quadro do filme “O Retrato de Dorian Gray” (retrato que tinha a originalidade de envelhecer enquanto que o retratado, Dorian, ia ficando cada vez mais jovem) o quadro faz parte do museu da Metro Goldwin Mayer.
Em Portugal foram seus clientes: António José de Almeida; Óscar Carmona; Sidónio Pais; Américo Thomaz e ainda António de Oliveira Salazar e o Cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, entre outros.
Faleceu no Porto a 30 de Novembro de 1988

114 - Praceta Jaime Cortesão

Jaime Zuzarte Cortesão, nasceu em Ançã, Cantanhede, em 29 de Abril de 1884. Médico e escritor, foi eleito deputado pelo Porto em 1915.
Voluntário do Corpo Expedicionário Português, no posto de capitão-médico na Primeira Guerra Mundial, cuja defesa de participação de Portugal defendeu, e cujas memórias veio a publicar.
Nomeado director da Biblioteca Nacional de Portugal, em 1919, foi um dos fundadores da revista "Seara Nova".
Presidiu à Junta Revolucionária, para derrube da ditadura militar que governava o pais em 1926, motivo que o levou a exilar-se em França, onde permaneceu até 1940, quando o Exército Nazi invadiu aquele país, no decurso da 2ª Guerra Mundial.
De passagem para o Brasil, onde fixaria residência, foi preso em Portugal.
Regressa a Portugal em 1957 e na sequência da campanha de Humberto Delgado, foi preso por 4 dias juntamente com outas figuras entre os quais António Sérgio, Vieira de Almeida e Azevedo Gomes.
Em 1958, foi eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Faleceu em Lisboa, 14 de Agosto de 1960

113 - Praceta dos Jarros


112 - Praceta João de Deus

João de Deus Ramos Nogueira, nasceu a 8 de Março de 1830 em São Bartolomeu de Messines.
Durante a sua infância estudou com o pároco da sua aldeia e mais tarde foi para o seminário de Faro onde estudou aritmética, latim, português... preparando-se com conhecimentos sólidos para um futuro sacerdote porém não era esse o futoro escolhido por João de Deus. Decidiu então que faria o curso de Leis ou Matemáticas.
Tinha 19 anos quando saiu do seminário e se matriculou em Direito na Universidade de Coimbra
Em 1851 de regresso a Coimbra depois de um tempo em S. Braz de Alportel, iniciou a escrita da poesia a que dedicou parte da sua vida cujo tema é sempre o amor e a mulher.
Terminado o curso em 13 de Julho de 1859, fica em Coimbra, tornando-se colaborador dos jornais, Estreia Litteraria, Atheneu, Preludios Litterarios, Academico, Instituto, Phosphoro e Tira-Teimas, e traduz obras do francês para o português, enquanto que as suas poesias ganham fama no meio académico.
Foi eleito (contra sua vontade) como deputado Assembleia Nacional 1868.
Escreverá em 1870, a pedido do Sr. Rovere, um método de leitura a que chamou Cartilha Maternal. Com Casimiro Freire, fundou a Associação de Escolas Móveis pelo Método João de Deus em 1882. Começou a dar formação gratuita de Cartilha Maternal ou Arte de Leitura, Arte de Escrita e Arte de Contas em sua casa a adultos que iriam trabalhar como professores do Método João de Deus, percorrendo o país em missões de alfabetização.
Foi agraciado pelo Rei D. Carlos com a Grã Cruz de Santiago que fez questão de pessoalmente se deslocar a casa de João de Deus no dia em que faz 65, anos estando este já debilitado pela doença.
Faleceu a 11 de Janeiro de 1896 e no dia 1de Dezembro de 1966 foram os seus restos mortais trasladados para o Panteão Nacional.



111 - Praceta João Dinis Nunes

110 - Praceta Jorge Barradas

Jorge Nicholson Moore Barradas, o “Barradinhas nasceu em Lisboa em 1894. Morreu em 1971. Foi um artista gráfico de primeira linha. Foi também director artístico do ABC a Rir, cedendo depois o seu lugar a Stuart de Carvalhais.A maioria das histórias de Barradas tem sempre os mesmos protagonistas, que são os tipos alfacinhas: o mendigo, o bêbedo, o novo-rico, os jovens ardinas, as costureiras, etc. O corpo feminino era o elemento mais representado. A intenção de Barradas era fixar tipos existentes da mulher lisboeta. Eram três os mais comuns: a burguesinha, a mulher popular e a funcionária do Bristol. Os rostos permitem-lhe dar a expressão desejada. Intitula-os muitas vezes como Máscaras, com algum expressionismo. As suas capas da revista ABC revelam o paradigma feminino da modernidade desejado pelas mulheres da sociedade portuguesa dos anos 20, que se esforçavam por se manter ao corrente das modas e dos padrões europeus.

109 - Praceta José Duro

José António Duro Jr, nasceu em Portalegre em 22 de Outubro de 1875 e morreu, tuberculoso, em Lisboa, a 18 de Janeiro de 1899. Alegadamente filho de pais incógnitos, embora se tenha conhecimento ser filho de José António Duro, Industrial e da operária de lanifícios Maria da Assunção Cardoso. Frequentou em Lisboa a Escola Politécnica e era assiduo nas tertúlias que tinham lugar em alguns dos cafés lisboetas. Morreu com apenas 25 anos como não era raro naquela época em que imperava a tuberculose que por sinal, levaria desta vida escritores e poetas como Cesário Verde. O seu livro «Fel» (1898) vale, assim, como documento humano pungente, que só se impõe pela veemência da dor e a autenticidade do desespero.
Na poesia erudita o poeta português mais trágico foi sem duvida o alentejano: José Duro

Fel
(extrato do poema)
A doença que me mata é moral e física!
De que me serve a mim agora ter esperanças,
Se eu não posso beijar as trémulas crianças,
Porque ao meu lábio aflui o tóxico da tísica?

E morro assim tão novo! Ainda não há um mês,
Perguntei ao Doutor: - Então?...- Hei-de curá-lo...
Porém já não me importo, é bom morrer, deixá-lo
Que morrer - é dormir... dormir... sonhar talvez...

Por isso irei sonhar debaixo dum cipreste
Alheio à sedução dos ideais perversos...
O poeta nunca morre embora seja agreste
A sua aspiração e tristes os seus versos!

108 - Praceta José Gregório Almeida

107 - Pcta José Viana da Mota


106 - Praceta Júlio Dinis