19.11.09

121 - Praceta Florbela Espanca

Florbela Espanca, nasceu em Vila Viçosa, na noite de sete para oito de Dezembro de 1894, filha de Antónia da Conceição Lobo e de João Maria Espanca, baptizada como filha de pai incógnito é-lhe posto o nome de Flor Bela de Alma da Conceição, só mais tarde receberá o apelido do pai, que afinal foi um pai presente, só 19 anos após a sua morte e quando da inauguração do busto da poetiza em Évora a perfilhou.
Casa ainda cedo, mas o casamento é de pequena duração pelo que, após o divórcio segue para Lisboa onde frequenta a Universidade de Direito. Casa pela segunda vez e pela segunda vez o casamento se desfaz. Voltará a casar pela terceira vez pouco tempo antes de morrer.
Escritora de contos, faz também alguns trabalhos de tradução, que assina umas vezes como Florbela Espanca Lage, outras como Florbela Moutinho, apelido do primeiro marido.
É no entanto na sua faceta de poetiza, que mais sobressai e que ficará conhecida. “Charneca em Flor” e “Reliquia”, são os títulos de duas colectâneas de contos, que após a sua morte são publicados, assim como, “Dominó Negro” e “Máscara do Destino” e uma outra de poesia, “Juvenilia”
Escreveu ainda, Livro de Mágoas e o Livro de Soror Saudade.
Florbela põe fim à vida em Matosinhos, aos 36 anos de idade, exactamente no mesmo dia em que nasceu, 8 de Dezembro de 1930.

Languidez
Fecho as pálpebras roxas, quase pretas,
Que poisam sobre duas violetas,
Asas leves cansadas de voar...
E a minha boca tem uns beijos mudos...
E as minhas mãos, uns pálidos veludos,
Traçam gestos de sonho pelo ar...
Florbela Espanca

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